sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Eletrobrás quer licitação para hidrelétrica de Belo Monte ainda este ano

Eletrobrás quer licitação para hidrelétrica de Belo Monte ainda este ano
A usina é considerada o maior projeto hidrelétrico do Brasil depois de Itaipu.
Belo Monte é 'fundamental' para cronograma energético do
atualizado Rosy Lee Brasil

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O presidente da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes, afirmou nesta sexta-feira (11), que é fundamental para o cronograma energético do Brasil a realização, ainda neste ano, da licitação da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, Pará.

"Em nome do Brasil é melhor que a licitação saia ainda esse ano, para ter a energia de Belo Monte o mais cedo possível", declarou o executivo a jornalistas, na porta da sede da estatal nesta sexta.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) publicou no Diário Oficial nesta sexta que a construção da usina é prioritária para o país. A licitação está programada para novembro deste ano e começaram a ser realizadas as audiências públicas sobre o projeto nessa semana. As audiências, em cidades da região Norte do Brasil, vão se estender até a semana que vem.

"Já houve a primeira audiência e o projeto vai caminhando bem. Temos mais audiências no fim de semana e outra em Belém, na terça-feira", disse Lopes. "Esse é o projeto mais importante dos últimos tempos para o Brasil. Se simularem a expansão do setor elétrico brasileiro com e sem Belo Monte, vocês vão ver a importância dessa usina para o país", acrescentou.



Sobre a hidrelétrica



O projeto está previsto para entrar em operação entre 2013 e 2014 e terá capacidade de ao menos 11 mil megawatts. A usina é considerada o maior projeto hidrelétrico do Brasil, depois da binacional de Itaipu, uma parceria entre Brasil e Paraguai.

O presidente da Eletrobrás disse ainda que aguarda uma orientação do governo federal sobre a participação de empresas estatais na licitação da usina.

Grupos privados nacionais e estrangeiros estavam se articulando para formar um grande consórcio para construir o empreendimento. No entanto, o governo federal se posicionou contra a idéia ao argumentar que pretende fomentar a competição entre empresas na concorrência por Belo Monte.

"Não seria bom para o Brasil um só consórcio", declarou Lopes, que defendia anteriormente que a Eletrobrás fosse a única estatal no leilão. Ele acrescentou que, se necessário, as subsidiárias do grupo Eletrobrás vão entrar separadas na licitação para garantir a competição.

"A Eletrobrás concluiu os estudos e é fundamental para o projeto de Belo Monte [...] podemos até mesmo contrariar algumas linhas básicas nossas, ou seja, ter mais de uma empresa na disputa", destacou o presidente da estatal.

A construção da usina está estimada em aproximadamente US$ 10 bilhões, segundo cálculos preliminares do governo.

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