sábado, 7 de novembro de 2009

Saiba quais são os animais gigantes da Amazônia

Atualizado Por Rosy Brasil

Saiba quais são os animais gigantes da Amazônia
Nossa floresta tem tartaruga enorme e o maior besouro do mundo.
Veja as características e curiosidades dessas grandes espécies.

Mariana Fontes - Do Globo Amazônia, em São Paulo

A Amazônia é a maior floresta tropical do mundo, mas não é só o tamanho de sua área que surpreende. Entre as espécies nativas da região, existem animais gigantes que despertam a curiosidade. Assim como a floresta, alguns desses bichos correm o risco de desaparecer. Conheça alguns deles:






Gigantes da Amazônia Foto: Divulgação (Foto: Divulgação) BESOURO (Titanus giganteus)

Quem é: maior besouro do mundo e maior inseto, em termos de volume.
Tamanho: chega a 22 cm.
Peso: pode pesar 70 gramas.
Onde vive: na selva amazônica, onde o calor e a fartura de comida contribuem para seu desenvolvimento.
Curiosidades: a espécie é voadora e não pica, mas pode beliscar com força usando suas poderosas mandíbulas.
Foto: ICMBio/Divulgação (Foto: ICMBio/Divulgação) GAVIÃO REAL (Harpia harpyja)

Quem é: também chamada de harpia, é a maior ave de rapina do mundo.
Tamanho: entre 50 e 90 centímetros de altura e envergadura de 2 metros.
Peso: de 4 a 9 quilos.
Onde vive: com a destruição de outros habitats naturais, encontra-se praticamente restrita à Amazônia.

Ameaças: caça predatória.
Curiosidade: com suas enormes garras, a harpia captura macacos e preguiças nas árvores, em pleno vôo.

Foto: Jason Buberal/Creative Commons (Foto: Jason Buberal/Wikimedia Commons) JACARÉ-AÇU (Melanosuchus Níger)

Quem é: maior jacaré sul-americano.
Tamanho: chega a 6 metros de comprimento.
Peso: pode pesar 300 quilos.
Onde vive: rios e lagos.
Curiosidade: quando o jacaré-açu captura uma presa pequena, ele a engole inteira. Quando a vítima é maior, o animal segura a presa pelas mandíbulas e a sacode até que ela se despedace.
Foto: Creative Commons (Foto: Creative Commons) PIRARUCU (Arapaima gigas)

Quem é: um dos maiores peixes de água doce do mundo, conhecido como bacalhau da Amazônia.
Tamanho: pode alcançar 3 metros de comprimento.
Peso: pode pesar até 200 kg.
Onde vive: na bacia amazônica.
Ameaças: sua carne é bastante apreciada e o peixe tem sido pescado em excesso.
Curiosidade: as escamas da cauda e do ventre do pirarucu são vermelhas, o que justifica seu nome: “pira” (peixe) e “urucum” (vermelho), nos termos indígenas.
Foto: Eva Krocher / Wikimedia Commons (Foto: Eva Krocher / Wikimedia Commons) SUCURI (Eunectes murinus)

Quem é: uma das maiores serpentes não-venenosas do mundo.
Tamanho: já foram capturadas sucuris com até 10 metros.
Peso: de 30 a 90 quilos.
Onde vive: rios, lagos e matas.

Curiosidade: ela mata suas presas por sufocamento. Seu maxilar inferior é dividido em duas partes, o que lhe permite abrir a boca para engolir animais muito maiores, como capivaras (foto) e veados.

Foto: ICMBio/Divulgação (Foto: ICMBio/Divulgação) TARTARUGA-DA-AMAZÔNIA (Podocnemis expansa)

Quem é: maior quelônio (réptil com carapaça) de água doce do mundo.
Tamanho: 90 cm de comprimento.
Peso: em média, 50 kg.

Onde vive: rios e lagos.
Ameaças: Sua carne é um prato apreciado na Amazônia e muitos animais se alimentam dos filhotes.
Curiosidades: as tartarugas-da-Amazônia desovam dentro de buracos nas praias de rio. Quando os filhotes nascem, jacarés e aves ficam à espreita para devorá-los.

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As 47 obras do PAC ameaçadas pelos índios

postado por ig. Atualizado Por Rosylee Brasil
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a maior vitrine do governo Lula para a eleição de 2010, é assunto comum em Brasília. A avaliação de seu andamento é divulgada periodicamente e gera discussões entre governo e oposição no Congresso. Na semana passada, o PAC foi assunto também na aldeia Piaraçu, na reserva Capoto-Jarina, em Mato Grosso. Cerca de 250 líderes indígenas de 14 etnias se encontraram para falar sobre o PAC. Mais especificamente, eles discutiram a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, uma das obras mais vistosas do programa.
A conversa foi pacífica, mas a decisão dos índios foi lançar gritos de guerra e ameaças à obra. “O governo vai ser responsável pelos danos aos operários e indígenas”, diz a carta assinada por caciques como Raoni e Megaron, da etnia caiapó, enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No encontro, os índios também estabeleceram suas estratégias para impedir o leilão que vai definir as empresas responsáveis pela construção da hidrelétrica, marcado para o dia 21 de dezembro.
A hidrelétrica de Belo Monte é uma obra grandiosa, que envolve a construção de um desvio no curso do Rio Xingu e pode custar até R$ 30 bilhões. Quando pronta, ela será a maior hidrelétrica puramente nacional, com capacidade de gerar 11.200 megawatts de energia, o equivalente a 10% da produção elétrica nacional atual. Mas, para isso se realizar, a obra vai afetar o território de dez nações indígenas (leia o quadro na próxima pág.) . A mobilização da semana passada é uma das primeiras reações a essa interferência. E está longe de ser única. Um levantamento feito pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pela Casa Civil, obtido com exclusividade por ÉPOCA, mostra que pelo menos 47 obras do PAC em 16 Estados devem enfrentar barreiras na questão indígena (leia o quadro na próxima pág.) . Entre elas estão estradas, hidrelétricas, ferrovias, gasodutos e linhas de transmissão de energia. Algumas das principais obras do programa, como as usinas hidrelétricas do Jirau, em Rondônia, e do Estreito, no Maranhão, a BR-319, que liga Porto Velho, em Rondônia, a Manaus, no Amazonas, e o gasoduto São Paulo-Rio de Janeiro, poderão atrasar devido a possíveis conflitos com os índios.
Em um país onde 12,4% do território pertence a terras indígenas, esse tipo de conflito já gerou o embargo de projetos. Provocou também várias ações extremas como invasões a canteiros de obra e sequestro de operários. Há um ano, índios da etnia enáuenê-nauê incendiaram máquinas e fizeram reféns os operários da construção das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) do Rio Juruena, em Mato Grosso. Eles protestavam contra os planos da Maggi Energia, empresa da família do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, de ampliar de sete para mais de uma dúzia o número de pequenas centrais a ser construídas no rio onde pescam.