quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

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Ato cultural homenageia revoluções históricas no Pará

6/1/2010 15:37
Ato cultural homenageia revoluções históricas no Pará ALTERAR
Da Redação
Agência Pará atualizado Rosy lee Brasil

Os movimentos de resistência popular à opressão portuguesa, no Pará, durante o período colonial, serão homenageados nesta quinta-feira (7)), durante programação cultural na Praça das Mercês, Forte do Castelo e Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP).


Em 7 de janeiro de 1616, os colonizadores aprisionaram e mataram o líder dos Tupinambá, o índio Guaimiaba, que resistia à escravização pelos portugueses. A data marca também a tomada de Belém pelo movimento Cabano, em 1835, mais de 200 anos depois. O evento contará com a apresentação de poetas, músicos, boi bumbá e da banda da Polícia Militar.


No MHEP, uma exposição com documentos raros pertencentes ao acervo do Arquivo Público do Estado do Pará (APEP) será aberta ao público.


O historiador e diretor do APEP, João Lucio Mazzini da Costa, explica que estes marcos não podem ficar esquecidos no imaginário popular do povo paraense. "Os dois movimentos são a síntese da resistência indígena, negra e mestiça contra a opressão portuguesa e branca", comenta.


Para enriquecer a programação comemorativa o APEP disponibilizou documentos relativos ao movimento da Cabanagem, moedas cabanas e a Ata de Adesão do Pará à Independência do Brasil, em exposição no MHEP durante todo o mês de janeiro.


Resistência Tupinambá - No inicio da colonização portuguesa nesta região, Francisco Caldeira Castelo Branco, o fundador de Belém, começou a escravizar e subjugar os índios Tupinambá, primeiros habitantes da região. No dia 7 de janeiro de 1619, os índios se revoltaram e atacaram o Forte do Presépio. Para acabar com a revolta, Castelo Branco mandou matar o cacique Guaimiaba, líder dos índios revoltosos, fortificando assim a presença do colonizador português no Pará.


Já em 1835, eclode o movimento cabano quando negros mestiços e índios se revoltaram diante da situação de miséria a que estavam submetidos. Nesse mesmo, dia 7 de janeiro, os revolucionários cabanos tomaram a cidade de Belém.


João Lucio comenta que a tomada da capital iniciou pela invasão do "Trem de Guerra", onde os portugueses armazenavam pólvora e outros armamentos. "Estes armamentos serviram para substituir os utilizados pelos revoltosos, que possuíam apenas paus, pedras, arcos e flechas utilizados pelos indígenas". Em seguida, os revoltosos tomaram o Forte do Castelo e o palácio onde hoje funciona o Museu Histórico do Estado do Pará.


A programação tem início as 17h, na Praça das Mercês, de onde sairá um cortejo para o Forte do Castelo e MHEP, o mesmo trajeto dos revoltosos cabanos. A exposição com documentos relativos à Cabanagem, Moedas cabanas e a ata de Adesão do Pará à Independência do Brasil ficará aberta ao público até o final do mês.


Márcio Flexa - Fundação Curro Velho

Encontro Mundial de Parceiros da Rainforest Foundation da Noruega


atualizado Rosy Lee Brasil Nos dias 9 e 10 de setembro ocorreu o seminário Povos Indígenas e Mudanças Climáticas, em Manaus-AM. Lideranças e representantes de organizações indígenas da Amazônia Brasileira elaboraram a Carta dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas na qual apresentam propostas para a 15ª reunião das Partes da Convenção de Clima (COP 15), a se realizar em Copenhagem ainda este ano, e para a política brasileira de mudanças climáticas.

Entre outros pontos, a Carta destaca que as políticas de contenção das emissões de gases-estufa devem reconhecer a eficiência dos modos de vida indígenas na manutenção da floresta em pé, tornando essas populações beneficiárias dos programas de mitigação e compensação das emissões. Além disso, é reinterada a obrigatoriedade de se consultar os povos indígenas na formulação e aplicação de empreendimentos que os afetem diretamente, nos termos da Convenção 169 da OIT, da qual o Brasil é signatário.

Neste mesmo sentido, nos dias 15 a 17 de junho, aconteceu o Encontro Mundial de Parceiros da Rainforest Foundation da Noruega, do qual participaram representantes de 20 organizações vindas de 14 países diferentes. Assim como em Manaus, foram discutidas as mudanças climáticas, a proteção de florestas e o papel desempenhado pelos povos indígenas a pelas comunidades locais na definição de futuras políticas internacionais. A espectativa é que o debate sobre os problemas ambientais incorpore a opinião dessas comunidades, gerando políticas mais eficientes já que conectadas aos saberes de quem sempre habitou a floresta sem nunca tê-la exaurido.

No site da COIAB (Coordenação das Nações Indígenas da Amazônia Brasileira) vocês encontrarão a Carta dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas na íntegra. E no site do Iepé, uma das organizações brasileiras que participou do encontro na Noruega, está disponível a Declaração de Oslo sobre Povos Indígenas e Mudanças Climáticas.

Índios protestam contra decreto que reestrutura a Funai

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010, 12:02 | Online

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Índios protestam contra decreto que reestrutura a Funai

AE - Agencia Estado Atualizado Rosy Lere Brasil


SÃO PAULO - A reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai) definida no Decreto 7056, assinado no dia 28 de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem provocando descontentamento e críticas no meio de índios e servidores públicos de diversas partes do País. Ontem, representantes das onze etnias indígenas de Pernambuco, reunidos em Recife, decidiram que irão a Brasília na próxima semana para protestar contra o decreto presidencial.



No local da reunião, da qual também participaram líderes indígenas da Paraíba, uma faixa retratava a indignação contra a nova ordem: "Estamos de luto. Fomos extintos. Obrigado presidente Lula. Os servidores e os 40 mil índios de Pernambuco agradecem."



Pelo decreto, das atuais 45 unidades administrativas regionais da Funai, nove deixarão de existir. Entre elas estão as de Pernambuco e Paraíba, cujas responsabilidades administrativas serão englobadas pela unidade de Fortaleza, no Ceará. A reforma também prevê a redução do número de postos avançados, na entrada das aldeias.



"Vamos ocupar a Esplanada dos Ministérios, invadir o Senado, interditar rodovias", ameaçou o líder pancararu Ubirajara Fernandes, de Petrolândia, sertão pernambucano. Tanto ele quanto outros líderes indígenas e servidores acusam o governo de não tê-los consultado. "O decreto surpreendeu a todos", observou Otto Mendes, assessor da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo.



No Paraná, que também ficará sem sede administrativa regional, líderes guaranis e caingangues se reuniram ontem em Londrina para discutir como protestar. "Eles representam quase 20 mil, que temem uma piora nas condições de atendimento às comunidades", disse Mário Jacinto, que coordenava a administração regional localizada na cidade. "Tanto eles quanto nós, servidores, fomos pegos de surpresa."



''Adequação''



Em Brasília, a assessoria de imprensa da Funai, que é vinculada ao Ministério da Justiça, explicou ontem que não haverá fechamento de unidades. Suas atribuições, porém, serão alteradas. Os postos indígenas avançados, por sua vez, serão melhor equipados e ganharão reforço de pessoal. Em entrevista publicada no portal da instituição, seu presidente, Márcio Meira, disse que "a reestruturação engloba um conjunto de medidas que visam adequar a atual estrutura da fundação à realidade da questão indígena brasileira". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.