sábado, 26 de dezembro de 2009

Os comerciantes flagrados com os cartões de movimentação bancária dos indígenas serão devidamente autuados com base no Estatuto do Idoso

Atualizado por Rosy Lee Brasil :A Polícia Federal em Barra do Garças, no Mato Grosso, desencadeou na manhã de hoje nos municípios de Água Boa e Canarana a Operação Aldeia Livre II em estabelecimentos comerciais em que os responsáveis retinham cartões do Programa Bolsa Família e do INSS, além de documentos pessoais de indígenas da etnia xavantes de diversas aldeias da região. Com os cartões e as respectivas senhas, os empresários, pessoalmente ou por intermédio de terceiros, sacavam os benefícios previdenciários concedidos aos índios pela Seguridade Social, bem como os valores percebidos pelos mesmos do Programa Bolsa Família, mantido pelo Governo Federal.



De acordo com a PF, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso. Os comerciantes exigiam que os índios entregassem seus cartões como garantia do pagamento de supostas dívidas contraídas, inclusive para o pagamento de bebidas alcoólicas vendidas ilicitamente aos indígenas.



Segundo a PF, o crime é comum na região do Vale do Araguaia, conforme demonstrado na Operação Aldeia Livre I realizada no início de 2008, quando foram presos em flagrante seis comerciantes do município de Campinápolis, no mesmo Estado, e apreendidos centenas de cartões de indígenas, além de seus documentos pessoais e senhas daqueles cartões, que estavam em poder dos comerciantes.



A operação contou com 30 policiais federais das unidades de Cuiabá, Barra do Garças e Rondonópolis. Os comerciantes flagrados com os cartões de movimentação bancária dos indígenas serão devidamente autuados com base no Estatuto do Idoso. Os cartões bancários e documentos pessoais apreendidos serão encaminhados à Fundação Nacional do Índio (Funai), a fim de que sejam restituídos aos indígenas.
FABIANA MARCHEZI - 16h08, Quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Índios mantêm ocupação da Funai em Passo Fundo

Atualizado por Rosy Lee Brasil
Índios mantêm ocupação da Funai em Passo Fundo
70 caingangues só saem do prédio se reivindicações forem atendidas
Os 70 índios caingangues, que ocuparam na manhã de terça-feira a sede regional da Fundação Nacional do Índios (Funai) em Passo Fundo, continuam firmes na posição de não deixar o prédio, enquanto não tiveram suas reivindicações atendidas. Eles cobraram a demarcação de uma área de 1.950 hectares, entre os municípios de Cacique Doble e Sananduva, já reconhecida como terra indígena.

Na terça-feira, eles tiveram uma reunião com o diretor administrativo da Funai, Adir Reginato, mas não houve avanços nas negociações. Reginato explicou que houve recursos dos agricultores, que ocupam a área reivindica pelos índios. Segundo ele, é uma questão judicial, que não pode ser atropelada pela Funai. Foram 108 contestações do reconhecimento da área como terra indígena. O diretor afirma que enquanto não for resolvida essa questão judicial, o Funai não pode fazer a demarcação.

O cacique Ireni Franco alega que a Funai está fazendo um jogo de empurra-empurra. Segundo ele, só faltaria o ministro da Justiça, Tarso Genro assinar a portaria para que a demarcação seja feita. Por isso, o cacique afirma que não vão sair do prédio, enquanto a portaria não for publicada. Ireni Franco disse que o índios, acampados há 5 anos nas margens da ERS-343, se preciso vão passar o Natal no prédio da Funai.

Fonte: Acácio Silva/Correio do Povo

Funai amplia o esquema de proteção a índios isolados

Funai amplia o esquema de proteção a índios isolados

ROLDÃO ARRUDA - Agencia Estado
atualizadopor Rosy Lee Brasil

SÃO PAULO - A Fundação Nacional do Índio (Funai) decidiu fortalecer as seis frentes de proteção dos povos indígenas isolados e criar outras cinco até o final de 2010. As mudanças são atribuídas sobretudo à pressão das frentes econômicas que estão aumentando na Amazônia Legal. "Por toda parte estão surgindo novos e fortes empreendimentos, ligados ao manejo sustentável de madeira, pavimentação de estradas, projetos de mineração, construção de hidrelétricas", explica o coordenador da área de índios isoladas da Funai, Elias dos Santos Bigio. "Foi diante desse contexto que se decidiu intensificar a proteção aos índios."



Os índios classificados como isolados são os que ainda vivem sem contato com a civilização dos homens brancos. Não se sabe ao certo quantos grupos existem no Brasil. Segundo levantamentos da Funai, devem passar de 60 - quase todos na região. De acordo com estimativas da organização não-governamental Survival International - que atua há quase quatro décadas na defesa de grupos indígenas, o território brasileiro é o que abriga o maior número isolados no mundo.



Recentemente, a Survival lançou um relatório observando que o esforço mundial para reduzir emissões de gás carbônico - e o aquecimento do planeta - poderá afetar drasticamente a vida dos isolados. De acordo com o texto do relatório, a busca de fontes de energia limpa, com as hidrelétricas, assim como a expansão do plantio de cana, para a produção de álcool, e a exploração sustentável das florestas, tende a avançar sobre áreas ainda não exploradas economicamente - e nas quais vivem os isolados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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