sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Guarani tem terra reconhecida pelo Governo Federal

01/10/2010 19:58
atualização Rosy Lee Brasil
Guarani tem terra reconhecida pelo Governo Federal
Liziane Berrocal
O grupo indígena guarani-ñhandeva ganhou hoje a posse permanente da terra indígena “Sombrerito”. A área que fica em Sete Quedas, na fronteira entre o Mato Grosso do Sul com o Paraguai tem a medida de 12.608 hectares.

O próximo passo é a demarcação física pela Funai (Fundação Nacional do Índio) para que seja feita a homologação pelo presidente da República.

Segundo o Ministério Público Federal essa é a segunda terra que os Guarani recebem. A primeira foi em Juti, a TI Taquara.

Em MS está concentrada a segunda maior população indígena que segundo o MPF vive em situação de “insegurança fundiária. Há conflitos pela terra entre índios e fazendeiros e grupos indígenas enfrentando altos índices de desnutrição, violência e suicídio, por compartilharem espaços diminutos, que não proporcionam opção de geração de renda. Acampamentos de índios que não possuem terra alguma e não têm para onde ir são presença constante nas rodovias do estado”.

Inclusive, a região de Sombrerito possui um extenso histórico de violência, quando em junho de 2005 os índios resolveram forçar a continuidade dos trabalhos, com a ocupação da Fazenda Sombrerito, em 26 de junho de 2005.

De acordo com os relatos, durante aquela madrugada, um grupo de não-índios manteve quatro indígenas como reféns, torturando-os por horas. O caminhão que transportara a comunidade até a área foi completamente destruído por fogo ateado pelos agressores.

Para o MPF, a região é de identificação ancestral dos guarani, atestado por estudos realizados com os indígenas.

Funai mantém proibição de acesso a índios isolados em Mato Grosso

Funai mantém proibição de acesso a índios isolados em Mato Grosso

atualização Rosy Lee Brasil

Plantão | Publicada em 01/10/2010 às 12h34m
TV Centro América CUIABÁ - A Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou no Dário Oficial da União o Ato Ministerial que renova por mais dois anos a restrição de entrada e permanência de pessoas estranhas nas terras indígenas Piripkura, localizadas nos municípios de Colniza, distante 1.065 km de Cuiabá, e Rondolândia , distante 1600 km de Cuiabá, no noroeste de Mato Grosso. A proibição passou a valer a partir desta quinta, de acordo com portaria publicada no Diário Oficial da União. Uma das preocupações principais da Funai, é a integridade desses povos indígenas isolados.

O grupo indígena contatado em 1988 da etnia Tupi-Kawahiva, mais conhecidos por outros índios da região como Piripkura, ainda vêm sendo estudado e acompanhados pela Funai. Como garantia da proteção territorial, contra o avanço de fazendas de gado, o órgão tomou a decisão para manter o controle de acesso à terra indígena. Em parceria com o Ibama, Policia Federal, a Funai continua com a interdição imposta há dois anos atrás. Essa renovação da interdição dará tempo para terminar os estudos sobre os grupos isolados da região.

A Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contados - CGIIRC está acompanhando e emitindo a autorização para aqueles que queiram ingressar nas terras Piripkura.

Além disso as coordenações próximas as áreas estará fazendo o controle e a fiscalização nas terras.

- A Funai tem a responsabilidade de assegurar os direitos dos índios e fazer um controle com relação às contaminações, prevenindo qualquer doença - reforça Ariosvaldo dos Santos, um dos técnicos indigenistas da CGIIRC, quando menciona que essa ação é tanto para o controle na exploração da terra quanto para prevenção de riscos à saúde da comunidade isolada.

Alguns povos indígenas mantiveram-se afastados de todas as transformações ocorridas no País. Eles mantêm as tradições culturais de seus antepassados e sobrevivem da caça, pesca, coleta e agricultura incipiente, isolados do convívio com a sociedade nacional e com outros grupos indígenas.

Os índios isolados defendem seu território e, quando não podem mais sustentar o enfrentamento com os invasores de seus domínios, recuam para regiões mais distantes.

Pouca ou nenhuma informação se tem sobre eles e, por isso, sua língua é desconhecida. Entretanto, sabe-se que alguns fatores são fundamentais para possibilitar a existência futura desses grupos. Entre eles, a demarcação das terras onde vivem e a proteção ao meio ambiente, de forma a garantir sua sobrevivência física e cultural.

Há na FUNAI, desde 1987, uma unidade destinada a tratar da localização e proteção dos índios isolados, cuja atuação se dá por meio de sete equipes, denominadas Frentes de Contato, atuando nos estados do Amazonas, Pará, Acre, Mato Grosso, Rondônia e Goiás.

Confira os planos dos presidenciáveis para a Amazônia

01/10/10 - 20h38 - Atualizado em 01/10/10 - 20h51
Confira os planos dos presidenciáveis para a Amazônia
Série do Globo Amazônia mostra propostas ambientais para a região.
Belo Monte, Código Florestal e desmatamento estão entre temas abordados.
atualização Rosy Lee Brasil
Do Globo Amazônia, em São Paulo
O Globo Amazônia preparou uma série de reportagens mostrando as propostas e ideias dos presidenciáveis para região amazônica, em especial aquelas que têm implicações ambientais. Clique abaixo para ler cada sobre cada candidato:



Dilma Rousseff (PT)

José Serra (PSDB)

Marina Silva (PV)

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL)




Candidatos participam do último debate na televisão, nesta quinta-feira (1º). (Foto: Alexandre Durão/G1)