terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O processo de discriminação ao índio continua

O processo de discriminação ao índio continua


5.Jan.2010 | Wilson Matos da Silva* atualizado Rosy lee Brasil

No limiar de um novo ano, falar em discriminação aos índios novamente? Pois é, nos cansa e provoca exaustão decepcionante ao analisarmos as cifras consideradas, gastas com o populismo chamado de "inclusão", ficamos a nos perguntar qual a política do governo federal para a verdadeira inclusão dos povos indígenas do Brasil?
O Observatório de Direitos Indígenas (ODIN), recentemente instalado no MS, vem recebendo diversas reclamações de discriminação contra os indígenas das aldeias Jaguapirú e Bororó. Várias reclamações são tomadas a termo e serão encaminhadas para as devidas providências nos canais competentes conforme o caso requer, sem prejuízo de representação criminal a ser interposta em juízo contra o agressor pelo próprio ODIN.
As reclamações vão desde má vontade no atendimento nos serviços públicos, de saúde, educação, notarial e no comércio em geral. Uma simples informação que o índio necessite junto a esses setores, pode se transformar em uma verdadeira perambulação pela cidade, é flagrante descaso e discriminação contra os índios.
Essas questões são conseqüências de um processo discriminatório em curso há mais tempo, mas que recrudescem na total negativa de dar o direto e a dignidade aos povos indígenas. Muito embora neste governo tenha havido pequenos lampejos de boa vontade é muito pouco do que se pode esperar de um governo dito popular. É mais fácil e "popular", perdoar dívidas de país africano, emprestar dinheiro ao FMI, doar dinheiro ao vizinho Paraguai, para ser tratado de "O Cara" pelo presidente norte-americano a impor políticas compensatórias eficazes aos povos indígenas brasileiros.
Neste final de semana, ao dar carona um colega parei em um estabelecimento comercial (conveniência), situado na Avenida Presidente Vargas, para comprar 4 cervejas ao colega, qual não foi minha surpresa, ao ser indagado pelo balconista do estabelecimento, se eu sou indígena, espantado perguntei ao diligente vendedor se eu fosse índio qual seria o problema ao que ele me respondeu que não poderia me vender as cervejas, porque há uma lei proibindo a venda de bebidas alcoólicas aos índios, depois de um sorriso sem graça perguntei ao distinto se ele conhecia o texto da lei, a resposta foi negativa expus de forma decorada o texto legal:
Artigo 58, da lei 6001 de 19 de Dezembro de 1973. Caput Constituem crime contra os índios e a sua Cultura: e descreve no inciso III - "propiciar, por qualquer meio, aquisição, o uso e a disseminação de bebidas alcoólicas, nos grupos tribais ou entre índios NÃO INTEGRADOS.
Já me sentindo bastante humilhado, perguntei ao balconista se ele estava me classificado como sendo índio não integrado, já que como único advogado indígena sou bastante conhecido, inclusive do dono daquele estabelecimento a resposta é a de sempre, a ordem é a do patrão e se lavado em juízo o patrão dirá que foi um erro de seu empregado. Fiquem de olho, doravante vamos esclarecer essa falta de conhecimento da lei em juízo, inclusive com dano moral, já que a ninguém é dado desconhecer a lei.
Racismo é crime inafiançável e imprescritível. (Art. 5.º, XLII, CF). Segundo a Constituição Federal, todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. A Carta Magna diz, também, que constituem princípios fundamentais da República Federativa do Brasil o de promover o bem comum, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade ou quaisquer outras formas de discriminação.
A Lei 7.716, de 05 de Janeiro de 1989, define os crimes resultantes de preconceito de raça ou cor. O seu Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador. Pena: reclusão de um a três anos.

*Índio residente na Aldeia Jaguapirú, Advogado, Pós-graduado em Direito Constitucional, Coordenador Regional do (ODIN/MS) Observatório Nacional de Direitos indígenas. E-mail matosadv@yahoo.com.br

Violências contra os Guarani-Kaiowá

Atualizado Rosy lee Brasil



Violências contra os Guarani-Kaiowá: sinais de uma política de extermínio
Iara Tatiana Bonin
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Vivemos hoje em uma “sociedade do espetáculo”, imersos numa rede de imagens e de significados visuais na qual “uma imagem vale mais que mil palavras”. Mas as imagens que a mídia despeja em nosso cotidiano são cada vez mais elaboradas de modo a construir uma realidade “passada a limpo”, purificada pela tecnologia e esvaziada de tudo o que possa causar desconforto e perturbação. Assim, nos acostumamos a ver paisagens exuberantes, cidades sem pobreza, corpos sem marcas da humana condição do envelhecimento e da mudança. Tamanho é o efeito dessa cultura, educando o nosso olhar, que já não suportamos assistir, por exemplo, telejornais que trazem algumas doses da insegurança e da violência que afeta os que estão “do lado de lá” dos horizontes de nossa atenção. Escapamos, sempre que possível, dos perturbadores problemas dos outros – e muitas vezes olhamos para o sofrimento estampado nas notícias de jornal como algo que não nos diz respeito.

Assumindo momentaneamente a tendência de narrar a vida como uma cena de cinema, proponho também uma imagem, para com ela estabelecer um breve diálogo: na cena imaginada, se pode ver um lugar familiar, um recanto de nossa infância, com sons, cheiros, cores, formas que imediatamente reconhecemos. Neste local nos sentimos acolhidos e seguros porque nele estamos em casa! Saudade, vontade de voltar e desfrutar da paz que ele suscita são sentimentos que talvez nos tomem de assalto, de forma devastadora, se estivermos vivendo agora em condições precárias e insustentáveis. Mas, e se esse lugar, que é nosso refúgio, estivesse indevidamente ocupado ou incorporado ao território de um país vizinho? Tornaríamos-nos estrangeiros e intrusos na terra em que nascemos? E se decidíssemos voltar, seríamos, então, invasores?

Pode até nos causar estranheza, mas é de uma perspectiva semelhante que os Guarani-Kaiowá vislumbram hoje as terras tradicionalmente ocupadas no Estado do Mato Grosso do Sul, mas que, por razões históricas que só se explicam por relações de poder, foram loteadas, vendidas e indevidamente tituladas. Nessas terras, refúgios dos povos indígenas, lugares de bem viver, locais de morada de seus antepassados e dos espíritos que os protegem, os guarani são considerados intrusos, invasores, estrangeiros. Sua presença, espalhada em mais de 20 acampamentos à beira das rodovias e estradas, serve para lembrar que alguém se apoderou das terras que são deles e “legalmente” estabeleceu sobre elas cercas e divisas, mas tal expropriação não apaga a memória, nem elimina o direito dos guarani de lutarem para reavê-las.

São fragmentos das terras tradicionais que os Guarani-Kaiowá reivindicam, numa luta que não começou agora, e sim há décadas, quando eles iniciaram a longa e penosa caminhada em busca de um direito que lhes foi negado através de políticas oficiais de todos os governos, incluindo o atual. Neste tempo de incertezas maquiadas com recursos midiáticos, o governo Lula trata dos graves problemas fundiários como questões menores e propõe medidas paliativas e assistenciais para amenizar as marcas do sofrimento indígena. Tratam-se, assim, os sintomas para não ter que enfrentar as causas dessa injustiça social.

Se seguirmos com a construção daquela imagem que remete a lugar “bom para viver”, no qual nos sentimos acolhidos e seguros, vamos entender as razões da retomada realizada há dois anos pelas famílias Guarani-Kaiowá, da aldeia Laranjeira Ñanderu. Podemos sentir, com eles, o desejo de assegurar a vida e o futuro das mais de 60 crianças que compõem essa comunidade. No entanto, no dia 9 de setembro essas famílias foram surpreendidas com uma liminar de reintegração de posse, e com a ordem de imediato despejo. Sem alternativas, eles voltaram a viver às margens da BR-163, nas proximidades do município de Rio Brilhante. As famílias transportaram parte de seus pertences em bicicletas, num percurso de quatro quilômetros, e não puderam regressar para retirar o que ficou para trás, pois o fazendeiro fechou os acessos e deu ordens para impedir o trânsito dos índios.

E foi então que, no dia 14 de setembro, os guarani assistiram, aterrorizados, a queima das casas que haviam construído, dos bens e dos animais que foram arbitrariamente impossibilitados de resgatar. Como forma de ameaça, empregados de fazendas da região circulam, com seus carros em alta velocidade, próximo às barracas onde estão acampadas as famílias indígenas, gerando apreensão e medo. Não bastasse tudo isso, eles se vêem hoje impedidos de buscar água em um rio situado fora dos limites da fazenda.

Infelizmente, acontecimentos como estes são rotineiros no estado de Mato Grosso do Sul e não há nenhuma reação decisiva por parte do Ministério da Justiça, no sentido de coibir as violências e agressões praticadas. Na madrugada do dia 18 de setembro, a comunidade Guarani-Kaiowá do Apika’y também viveu momentos de horror, quando cerca de 10 homens armados, a mando de fazendeiros, incendiaram suas casas enquanto eles dormiam. Um guarani foi ferido na perna, atingido por uma bala e várias mulheres que saíam em desespero foram agredidas com socos e pontapés.

Não é possível admitir, em um estado democrático que deveria agir em defesa da vida, a prática de violências como estas. Como os poderes públicos podem permitir que os Guarani-Kaiowá sejam colocados novamente à beira de estradas, e contra eles seja estabelecida uma política de terror? Não é demais lembrar que a Constituição Federal define como responsabilidade do Estado a vida e a proteção dos povos indígenas e de todos os seus bens (Art. 231).

Nos casos aqui relatados, os estudos técnicos para verificar a tradicionalidade das terras tiveram início em 2008, mas foram suspensos por uma liminar do desembargador Luiz Stefanini, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, no dia 04 de agosto de 2009. A decisão liminar, que beneficiou os setores econômicos e políticos regionais que buscam inviabilizar os estudos técnicos de reconhecimento e comprovação das terras guarani em Mato Grosso do Sul, foi mais tarde reformada pela 1ª Turma do TRF-3, que determinou a retomada dos trabalhos dos grupos técnicos.

Lamentavelmente, alguns meios de comunicação pouco comprometidos com idoneidade e imparcialidade ainda fazem ressoar o ultrapassado jargão de que “é muita terra para pouco índio”, proferido por quem tem interesses econômicos sobre as áreas destes povos. Mas, especificamente em Mato Grosso do Sul, onde vive a segunda maior população indígena do Brasil, “muita terra” é uma expressão que se aplica bem aos fazendeiros e latifundiários que detêm a posse das melhores áreas. Os povos indígenas, e em especial os Guarani-Kaiowá, estão confinados em pequenas porções de terra, a exemplo da reserva de Dourados, onde vivem 13 mil pessoas em 3,6 mil hectares. Nestas circunstâncias, pode-se falar em uma política deliberada de extermínio, haja vista que a população indígena vive ali submetida ao descaso, à omissão, à violência e a condições desumanas que transformam seu cotidiano em um campo de acirradas disputas e em cenário de violências contínuas.

Para os guarani, quando uma situação se mostra insustentável, é necessário seguir em frente, num contínuo caminhar que vincula materialidade e espiritualidade. E uma das formas de ir adiante parece ser o suicídio, praticado por 147 indígenas deste povo entre os anos de 2003 e 2008. O suicídio marca a impossibilidade de vislumbrar, nesta vida, as condições adequadas para viver com dignidade, e, diante disso, alguns optam por seguir para um mundo onde não haveria sofrimento. Outra atitude que demonstra o jeito de ser guarani é a mobilidade. Assim, eles passam a viver em acampamentos, que deveriam ser abrigos transitórios até a chegada no lugar do efetivo bem viver, ou seja, nas terras tradicionais que eles almejam reconquistar. Entretanto, o que deveria ser provisório prolonga-se indefinidamente, engolido pela burocracia dos órgãos governamentais responsáveis por identificar e demarcar as terras ou por magistrados que se outorgam, de modo parcial, o direito de decidir sobre a vida e o destino de pessoas e comunidades. Em Mato Grosso do Sul centenas de famílias Guarani-Kaiowá vivem em acampamentos, sem qualquer tipo de proteção, sem os recursos básicos para a sobrevivência e, ainda pior, sem o apoio do governo e da sociedade, quando tomam a iniciativa de ocupar uma parte de suas terras tradicionais.

A ineficácia do governo é justificada, muitas vezes, pela falta de recursos financeiros para a demarcação das terras indígenas. Isso é mais uma falácia e revela a falta de vontade política em resolver a situação de maneira ágil, uma vez que a destinação de recursos orçamentários é proporcional aos interesses envolvidos em cada rubrica. No governo do presidente Lula, por exemplo, sobram recursos para financiar obras do PAC, ou para socorrer bancos e empresas privadas em momentos de crise (decorrente, é bom que se registre, de uma péssima gestão, acompanhada de muita corrupção), enquanto os recursos para a demarcação das terras indígenas são pífios, bem como as destinações orçamentárias para as políticas de saúde, educação, seguridade social da maioria da população brasileira que vive em precárias condições sociais.

Nesse mundo de imagens que estamos habituados a vislumbrar através das lentes de câmeras sofisticadas e de recursos tecnológicos sempre mais sutis, não há lugar para a cruel realidade vivida pelos Guarani-Kaiowá. Numa sociedade individualizada, conforme afirma Bauman, ordenamos as coisas de nossa vida como faz um jardineiro que seleciona as plantas para o seu jardim e elimina aquelas que considera “ervas daninhas”. No estado de Mato Grosso do Sul os Guarani-Kaiowá são vistos como “ervas daninhas” – é inegável que eles estavam lá antes que se imaginassem os atuais “jardins do latifúndio” e que, para que os planos dos “jardineiros do progresso” se concretizassem, eles foram banidos ou expulsos das terras e hoje continuam a ser continuamente eliminados – física e socialmente.

A morte lenta e gradual dos Guarani-Kaiowá tem sido promovida através da violência física e também da violência simbólica, quando se negam os seus direitos sociais, relegando-os à condição de marginalidade. Eles são posicionados à margem do sistema de dominação e, desse modo, se tornam “invisíveis”, em seus barracos improvisados à beira de rodovias, como também são invisíveis outros segmentos considerados “residuais”.

Olhamos para eles, mas não os vemos porque desagradam ao olhar acostumado à pureza da imagem midiática. No contexto das políticas sociais eles desaparecem do campo de visão, fundidos à paisagem, único local que tem agora o direito de ocupar. Tão próximos de nós e, ao mesmo tempo, tão distantes, os Guarani-Kaiowá e seu interminável martírio não fazem parte do rol de urgências do atual governo, pois este preferiu vincular-se a setores que tradicionalmente promovem a exclusão e a violência contra os povos indígenas no Brasil.

Enquanto imperar a impunidade, os guarani e tantos outros povos serão aterrorizados e desrespeitados neste país. Enquanto isso, o presidente da República gasta recursos públicos em viagens destinadas a inaugurar obras que nem mesmo foram iniciadas, como ocorreu em Sapucaia do Sul (RS). O ministro da Justiça, Tarso Genro, que deveria estar tomando as providências cabíveis para coibir as violências praticadas contra as comunidades indígenas, também ocupava o palanque. Não se sabe qual a razão para a sua presença, já que se tratava de uma solenidade de lançamento de obras numa rodovia. Para este evento, a mídia televisiva e escrita dedicou espaços generosos em seus jornais e noticiários. Já para os povos indígenas...

- Iara Tatiana Bonin é Doutora em Educação pela UFRGS. Porto Alegre.



http://alainet.org/active/33140&lang=es

O ataque a vida e cultura dos povos indígenas

ALAI, América Latina en Movimiento

2009-07-21 atualizado Rosy lee Brasil




Brasil
O ataque a vida e cultura dos povos indígenas
Cristiano Navarro
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Para o povo Oro Wari, quando os trovões descem do céu, as crianças não podem sair para brincar. É preciso deixar o céu acalmar até que volte a folia. Os mais velhos contam que os trovões são a batucada de uma festa dos mortos regada a muita chicha (fermentado de milho) lá de baixo do rio Madeira.

Os Oro Wari estão preocupados com o que pode acontecer com a implantação das usinas hidroelétricas de Jirau e Santo Antônio. "Os nossos parentes mortos estão felizes lá de baixo do rio. A gente pensa: e com a construção das hidroelétricas a empresa vai fechar a água vai atrapalhar tudo e perturbar o que tiver lá em baixo. Sem contar as explosões", reclama Eleazer Oro Wari. da terra indígena de Laje.

Além da agressão cultural, o cacique de Eleazar, José Oro Wari ressalta outra grave preocupação dividida com outros 24 povos da bacia do rio Madeira: "A gente sabe que vai ser prejudicado, vai ficar difícil para nós, porque vai espantar a caça e a pesca […], a gente depende disso". Assim, como todos os outros povos da bacia do rio Madeira, os Oro Wari têm na pesca a sua principal alimentação.

Ao contrário do que estabelece a Constituição Federal e a declaração dos povos indígenas da ONU, as comunidades tradicionais não foram consultadas a respeito da obras que devem provocar profundos impactos em seus territórios e modo de vida.

"A gente não foi consultado. Se fizer uma barreira como a gente vai fazer sem peixe? E esse rio não é das empresas, ela não pode vir aqui e ganhar dinheiro. Há muitos anos que a gente está aqui, a gente precisa do peixe que vive nesse rio", argumenta o professor Eleazar.

Especial Rio Madeira – Brasil de Fato
http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/o-ataque-a-vida-e-cultura-dos-povos-indigenas


http://alainet.org/active/31870&lang=es

Chegam ao Brasil primeiras doses da vacina contra a nova gripe

A prioridade na vacinação é de pessoas que trabalham com doentes e índios, pacientes com doenças crônicas, mulheres grávidas e crianças.


Aualizado Rosy Lee Brasil

cultivo tradicional e cultural da Amazonas

Globo Amazona Atualizado Rosy Lee Brasil AÇAÍ O açaí é um dos alimentos mais importantes da Amazônia. Lá, a tradição é tomar o suco junto com a farinha de tapioca. Nos grandes centros, a polpa congelada é servida na tigela.
AMAPAZEIRO O amapazeiro é a árvore que deu origem ao nome do estado do Amapá. Seu tronco chega a ter 35 metros de altura e dele sai o leite do amapá. Ele pode ser usado como remédio para várias doenças.
ANAVILHANAS No Rio Negro, entre Manaus e Novo Airão, há o arquipélago das Anavilhanas, com lagos, igapós e igarapés ricos em espécies vegetais e animais. Trata-se do parque nacional mais novo do país.
B
BEIJU Numa aldeia do Xingu, a primeira refeição do dia é o beiju. Prepará-lo é tarefa feminina. São as mulheres que transformam a mandioca em farinha.
C
CAIABIS A tribo dos Caiabis, que habita a aldeia Guarujá, no Parque Nacional do Xingu, é famosa pela habilidade no cultivo da terra. Eles plantam mandioca, milhos coloridos e amendoins gigantes.
CAITITU Quando ameaçado, o caititu arrepia os pêlos e bate os dentes. Mas a caça predatória ameaça a sobrevivência dos animais na floresta e por isso há experiências para criação em cativeiro.
CAMU-CAMU O camu-camu é encontrado em regiões alagadas da Amazônia. Da família da jabuticaba, ele serve de alimento para os peixes. Pesquisas revelam que o fruto é campeão em teor de vitamina C.
CARDINAL Muitas pessoas vivem da pesca de peixes ornamentais, na Amazônia. Uma das principais espécies é o cardinal. Ele brilha nas águas escuras do Rio Negro e pode enfeitar aquários do mundo todo.

CASTANHEIRA


A árvore majestosa atinge até 60 metros de altura. A castanheira é encontrada em toda a região amazônica. A flor tem a delicadeza de um buquê. O fruto tem a casca dura e cai quando está maduro.
CIPÓ-TITICA O cipó-titica é uma fibra exclusiva da Amazônia. Por causa do desmatamento, ela se tornou rara e pode ser encontrada somente nos estados do Amazonas e do Amapá.
CUBIU Os índios já cultivavam o cubiu muito antes da descoberta da Amazônia. A fruta é da mesma família do tomate e da berinjela. Além de alimento, ela também pode ser usada como remédio e cosmético.
D
PARQUE DO DIVISOR Na fronteira do Brasil com o Peru fica o Parque Nacional do Divisor. No local ficam as únicas montanhas do Acre, elas que separam duas bacias hidrográficas dos dois países.
E
ESTREITO DE BREVES Na viagem entre Belém e Manaus passa-se pelo Estreito de Breves. Os moradores das ilhas do local dependem da ajuda de quem trafega por lá. Eles vivem da pesca, da extração do palmito e do que a natureza lhes oferece.
MUSEU EMÍLIO GOELDI No Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, os visitantes podem ver bichos e plantas da região amazônica. Lá são abrigados animais que foram vítimas de maus-tratos e espécies encontradas nos rios da Amazônia.
F
FORDLÂNDIA Às margens do Rio Tapajós está Fordlândia, criada pelo americano Henry Ford. O empresário pensou num pólo de importação e exportação de borracha, que durou menos de 20 anos.
FESTIVAL DO SAIRÉ Numa pequena vila do Oeste do Pará é realizado o Festival do Sairé, uma das mais antigas manifestações da Amazônia. Eles revivem a lenda do boto, que à noite vira homem para seduzir as mulheres.
G
GUARANÁ Maués, no Amazonas, é conhecida como a terra do guaraná. O fruto é genuinamente amazônico e dele se produz a bebida-símbolo do Brasil. Maduro, ele parece um olho.
GURIJUBAS Em Foz do Amazonas, no Pará, os pescadores procuram por gurijubas. A bexiga é a parte mais importante do peixe e é exportada para outros países. Com ela, é possível fazer remédios e outros produtos.
J
JACARÉ-AÇU O jacaré-açu, encontrado na Amazônia, pode chegar a mais de seis metros de comprimento. Ele é considerado pacifico, mas pode atacar quando ameaçado. A espécie sofre intensa perseguição dos caçadores.
JAMBU O jambu, ou agrião-do-Pará, tem um efeito anestésico e sua flor produz muitas sementes. A planta é usada na medicina popular, ao natural ou como xarope e tinturas. O vegetal faz parte de pratos como tacacá.
JARINA De uma pequena palmeira, a jarina, é extraído o chamado marfim vegetal. A semente da árvore é sua parte valiosa. Ela pode ser usada na confecção de brincos, braceletes, colares e outros objetos.
JURUÁ Um dos maiores rios da Amazônia, o Juruá tem mais de 3.300 km. Ele é mais longo que o São Francisco. Nas cheias, suas águas formam rios e igapós, onde vivem muitas várias aves diferentes, como a garça branca e as araras.
M
MACACO-BARRIGUDO O macaco-barrigudo, apesar de parecer gordo, tem músculos rígidos. Ele dá saltos espetaculares de uma árvore para outra. O animal habita a região da floresta amazônica no Brasil, na Colômbia e na Venezuela.
MACACO-DA-NOITE O macaco-da-noite é um dos mais raros animais que vivem na Amazônia. Para localizar um bando, é necessário paciência. Essa espécie de macaco é a única com hábitos noturnos.
MALVA O município de Manacapuru, no Amazonas, é o maior produtor da malva. A planta é muito usada na insdústria têxtil. Veja como é a colheita e o manejo.
MAMIRAUÁ A reserva de Mamirauá fica a 700km de Manaus. É um dos lugares mais preservados do mundo. São mais de 300 tipos de aves e 35 espécies de mamíferos, incluindo aqueles que vivem na água.
MANDIOCA Existem 98 espécies de mandioca. Uma das mais conhecidas é o aipim, mas a mais cultivada é a mandioca amarga, usada para fazer farinha. Cada tribo indígena amazônica cultiva uma espécie de mandioca particular.
MANIUARA A maniuara é uma formiga grande e vermelha, que tem a picada dolorosa. Ela faz parte dos hábitos alimentares dos índios Baniwa que vivem na Ilha das Flores.
MAPARÁ O mapará é um peixe muito encontrado no leste do estado do Pará. Sua pesca é proibida durante quatro meses do ano. Mas quando passa esse período, barcos de vários locais se reúnem no Rio Jaracuera para pescá-lo.
MARUAGA A gruta de Maruaga, também chamada de caverna ou refúgio, é uma das grandes atrações turísticas de Presidente Figueiredo. Os visitantes tem diversão dentro e fora da caverna.
MIRABILIS No estado do Amazonas do Peru, encontra-se o beija-flor Mirabilis. O pássaro está ameaçado de extinção, pois a crença de que ele tem poderes afrodisíacos o faz ser perseguido por caçadores.
MONTE RORAIMA Uma das mais antigas formoções geológicas da Terra, o Monte Roraima está situado na fronteira entre Venezuela, Brasil e Guiana. Na região existem dezenas de montanhas e montes.
P
PARQUE NACIONAL DO JÁU O Parque Nacional do Jaú, no estado do Amazonas, é uma das maiores reservas de florestas tropicais do mundo. Ele tem 120 espécies de mamíferos e 208 tipos de peixes.
PATO NO TUCUPI O pato no tucupi é um prato é comum em dias de festa no Pará. A carne da ave é preparada com vários temperos, assada no forno e em seguida mergulhado no tucupi, um caldo tirado da mandioca.
PIAÇABEIROS Na região de Barcellos, no Amazonas, os piaçabeiros viajam em barcaças em busca da fibra da palmeira piaçaba, usada para fazer vassouras. Cada homem explora vinte dessas árvores por dia para o sustento.
PIRARUCU Nas águas tranqüilas da Amazônia vive o pirarucu. Ele é o maior peixe de escamas de água doce do mundo e pode pesar até 300 quilos. Como precisa buscar oxigênio na superfície, torna-se presa fácil dos pescadores.
Q
QUELÔNIOS O combate à caça ilegal é uma das formas de evitar a extinção dos quelônios na Amazônia. Eles são répteis que possuem casco ou carapaça, como as tartarugas. Ribeirinhos e técnicos cuidam de seus ovos.
QUARUP Os índios do Parque Nacional do Xingu realizam um ritual em homenagem aos grandes líderes mortos, o quarup. Eles passam a noite chorando diante de troncos. A celebração termina com a chegada do dia.
R
RIO GUAPORÉ As águas do Rio Guaporé separam o Brasil da Bolívia. No meio dele, há várias espécies de pássaros, como as gaivotas. Com voos rasantes, eles atacam os invasores no período de reprodução.
MAL. RONDON Marechal Rondon é o único brasileiro homenageado com o nome de um estado. Descendente de índios, ele contactou dezenas de tribos e defendeu a demarcação de terras.
S
SAGUI-LEÃOZINHO O sagui-leãozinho, o menor de todos os saguis, tem perto de 15 centímetros. O animal também é ótimo escalador de árvores devido às garras e à longa cauda. A juba cobre toda a cabeça e orelhas.
SERRA DO CACHIMBO A Serra do Cachimbo fica no sul do Pará. Trata-se de uma reserva do tamanho do estado de Sergipe, onde os militares protegem a biodiversidade. Lá, é possível observar o comportamento das aves típicas da região.
SERRA DO TEPEQUÉM Os diamantes escondidos na Serra do Tepequém atraíram os garimpeiros. A jazida foi uma das mais importantes da Américas do Sul até o fechamento dos garimpos. Hoje a pesca é a principal atividade do local.
T
TACACÁ O tacacá é uma famosa iguaria da Amazônia. Ele é feito com uma goma de água e polvilho e um caldo fino amarelado extraído da mandioca, chamado tucupi. Acrescenta-se camarão. Está pronto para degustar.
TAPAJÓS O Tapajós é um dos principais afluentes do Rio Amazonas. Ele se forma no norte do Mato Grosso e chega a ter 21 quilômetros de largura. Como o leito de areia, a cor da água é esverdeada.
TEATRO AMAZONAS Inaugurado no fim do século XIX, o Teatro Amazonas é o maior símbolo da fase de riqueza e prosperidade do ciclo da borracha. O luxo de suas instalações impressiona todo mundo.
TOMÉ-AÇU A cidade de Tomé-Açu, no estado do Pará, tem uma grande colônia japonesa. Graças a ela, o município ficou conhecido por muitos anos como a terra da pimenta-do-reino. Mas hoje, também produz frutas.
TUCUMÃ A palmeira cheia de espinho chega a ter mais de 20 metros de altura. Cada cacho tem cerca de 150 frutos. O tucumã pode ser consumido ao natural ou em diversas receitas.
TUYUCAS No alto Rio Negro, estado do Amazonas, existe a aldeia dos índios Tuyucas. Eles voltaram a realizar um batismo não religioso. O bebê passa pelas mulheres, para dizer que será cuidado por todas.

Em Marechal Thaumaturgo, no Acre, está a aldeia dos índios ashaninkas.

Globo Vidios Atualizado Rosy Lee Brasil Em Marechal Thaumaturgo, no Acre, está a aldeia dos índios ashaninkas. Ao longo dos anos, eles conseguiram preservar sua identidade cultural, onde os mais velhos contam histórias para os mais novos.