segunda-feira, 24 de maio de 2010

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24/05/10 - 19h04 - Atualizado em 24/05/10 - 19h12
Caixa lança edital para colocar agência bancária em barco na Amazônia
Trajeto do barco passará por área em que vivem 253 mil pessoas.
Agência permitirá abrir contas e terá médico e dentista a bordo.

Do Globo Amazônia, em São Paulo
Atualizado Rosy Lee Brasil


Caixa Econômica Federal lançou nesta segunda-feira (24) licitação para contratar serviço de agência bancária em um barco flutuante na Amazônia. A iniciativa segue a experiência que o Bradesco vem desenvolvendo desde o ano passado, para levar atendimento a populações ribeirinhas que não têm banco perto de casa. A notícia foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda.



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O trajeto de Manaus a Coari será o primeiro testado no novo sistema, pelo Rio Solmões. Alguns municípios no caminho são Iranduba, Manaquiri, Manacapuru e Codajás, uma área em que vivem cerca de 253 mil habitantes. Mas a Caixa também já avalia outras 15 calhas de rios, distribuídas nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.



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A agência flutuante deverá oferecer serviços de abertura de contas, atendimentos sociais, habitação de interesse social e micro crédito. Além disso, o barco terá atendimento médico e odontológico para atender a população ribeirinha.



O edital prevê uma embarcação com capacidade para 65 pessoas. Para navegar no Solimões, o barco deverá ter vigilância armada, sistema de monitoramento de imagens, controle de acesso e sistema de rastreamento.




Em março, o Globo Amazônia publicou uma reportagem sobre o barco flutuante operado pelo Bradesco na Amazônia, cujo trajeto vai de Manaus até a cidade de Atalaia do Norte, quase na fronteira com o Peru. Leia a reportagem sobre a iniciativa e veja, no infográfico abaixo, como funciona a tecnologia usada no sistema.

Terra preta de índio é altamente fértil

Terra preta de índio é altamente fértil
Presente em várias regiões da Amazônia, uma rede de pesquisadores estuda o processo usado pelos indígenas para deixá-la assim
24/05/2010 - 10:52

fonte: Inpa
atualizado Rosy Lee Brasil

A chamada terra preta de índio é altamente fértil e está no centro dos estudos feitos por profissionais do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) e pesquisadores internacionais. Eles querem saber como essa terra foi obtida e de que maneira a técnica pode ser aplicada na agricultura regional, já que está presente em várias regiões da Amazônia.

Sabe-se, até aqui, que ela é fruto do processo de queima controlada feita por indígenas. Na maioria das vezes é possível encontrar nessa terra artefatos como vasos de cerâmica. São vestígios de povos que há milhares de anos desenvolveram uma técnica de trabalho com o solo e que, agora, os cientistas tentam desvendar. O projeto é multidisciplinar e reúne várias linhas de pesquisa em áreas como etnobotânica, antropologia e geologia, tendo como base a recuperação de áreas degradadas e o desenvolvimento de agricultura familiar com segurança alimentar.

Na semana passada um grupo de pesquisadores do Inpa/MCT e da Universidade de Michigan (EUA) fez uma visita a algumas áreas na comunidade da Costa do Laranjal, em Manacapuru, interior do Amazonas. A área é utilizada há mais de 150 anos por várias famílias para o cultivo de hortaliças e espécies frutíferas.

“Acreditamos que a chamada terra mulata, que é uma transição da terra preta de índio com o solo comum, é um fruto de um manejo que os índios faziam, inclusive, usando o fogo de maneira controlada e racional”, enfatizou o pesquisador da Coordenação de Ciências Agronômicas do Inpa, Newton Falcão. A ideia é fazer com que os estudos permitam atingir um manejo de resíduos orgânicos como folhas, ossos e restos de alimento, “e começar a construir a fertilidade do solo”.

Para a pesquisadora da Universidade de Michigan, Antoinette WinklerPrins, os estudos com terra preta de índio representam uma semente para o futuro em relação ao uso sustentável do solo. “Já há várias ideias que estão em prática e que já auxiliam os pequenos produtores da região. Esse projeto é uma semente para o futuro”, salientou.

A Praga de eucalipto já tem controle biológico

Mundo Orgânico



A Praga de eucalipto já tem controle biológico
atualizado Rosy Lee Brasil


O eucalipto, espécie madeireira originária da Austrália e das Ilhas da Oceania, é uma excelente fonte para produção de papel e celulose que traz muitos ganhos para o Brasil. No entanto, essa cultura é ameaçada por diversas pragas, doenças e plantas daninhas. No Brasil, entre as pragas naturais que a atacam destacam-se, principalmente, as formigas cortadeiras, os besouros e as lagartas desfolhadoras. E, recentemente, tornou-se mais preocupante a chegada ao país de uma nova praga que ataca o eucalipto: o psilídeo-de-concha.

Durante o Prosa Rural - programa de rádio da Embrapa veiculado de 10 a 14 de maio, o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) Luiz Alexandre Nogueira de Sá fala sobre uma alternativa de combate a esta praga. Segundo ele, o controle biológico, feito com uso de uma vespinha parasitóide de nome complicado, Psyllaephagus bliteus, se mostrou como o método mais adequado, já tendo sido validado nos Estados Unidos e no México. O controle biológico com o uso deste inseto vem reduzindo a infestação da praga nos eucaliptos, conforme resultados obtidos nesses países.

Sá informa que para combater o psilídeo-de-concha, um dos métodos utilizados é o controle químico, com o uso de inseticidas sistêmicos de alto custo, impactantes ao meio ambiente e de efeito temporário. O custo estimado com aplicação desses inseticidas, de acordo com o pesquisador pode variar de R$ 40,00 a 150,00 por hectare, sendo necessárias, no mínimo, três aplicações por ano.

Segundo ele, estudos já estão em andamento no Brasil, com o objetivo de se conhecer a presença deste e de outros agentes de controle biológico nas florestas de eucalipto. "A vespa parasitóide, recém introduzida no país, está sendo criada em condições de laboratório e liberada nos hortos florestais de eucalipto na região de Jaguariúna, desde 2005", informa.
De acordo com o pesquisador, a aplicação desta tecnologia está beneficiando tanto o pequeno e médio produtor rural de eucalipto para lenha, carvão, mourão de cerca e postes de rede elétrica; como o grande produtor na produção em larga escala de papel e celulose pelas indústrias do ramo florestal e de carvão para a siderurgia nacional; e também o meio ambiente pela utilização de uma tecnologia limpa, com o mínimo impacto ambiental e de baixo custo.

O Prosa Rural é o programa de rádio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa. O programa conta com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Fonte: Embrapa