domingo, 7 de fevereiro de 2010

Empresa é acusada de construir barragem sem licença no Pará

06/02/10 - 01h30 - Atualizado em 06/02/10 - 01h30
Empresa é acusada de construir barragem sem licença no Pará
De acordo com o Ibama, 50 mil m² de floresta amazônica foram derrubados.
Multas passam de R$ 10 milhões; companhia diz que apresentará defesa.
Do Globo Amazônia, em São Paulo
ATUALIZADO Rosy Lee Brasil
saiba mais
Filhote órfão de jaguatirica é resgatado no nordeste do Pará
Após admitir erro sobre geleiras, IPCC é alvo de críticas por questão amazônica
Dos 10 municípios com mais desmatamento na Amazônia, 5 são do PA
Inpe registra 247,6 km² de desmatamento em outubro e novembro na Amazônia
Por estar com sua represa para contenção de rejeitos completamente cheia, a empresa Pará Pigmentos, em Barcarena (PA), estaria utilizando uma outra barragem coonstruída sem licença ambiental, segundo o Ibama. A empresa trabalha com o processamento de caulim. A barragem serve para coletar os resíduos do processo industrial.

Para a construção da suposta bacia clandestina, foram desmatados, sem autorização, 50 mil metros quadrados, de acordo com o órgão federal. Nesta quinta-feira (4), a fiscalização embargou preventivamente a bacia de contenção para que não houvesse novos depósitos de rejeitos até que a empresa justificasse o uso da segunda bacia. A empresa foi multada em R$ 10 milhões por fazer funcionar empreendimento sem licença válida e em mais R$ 25 mil por desmatamento da área de floresta amazônica.


Barragem construída sem licença, segundo o Ibama. (Foto: Divulgação/Ibama)
Em comunicado, a Pará Pigmentos afirma que “sempre operou dentro dos padrões de respeito ao meio ambiente e suas atividades são fiscalizadas pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará”. As autuações estão sendo analisadas pelo seu departamento jurídico para apresentação de defesa. “A Pará Pigmentos S/A reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável de suas atividades”, prossegue.

CURITIBA Índios tomam da Funai veículo que era utilizado para transporte de alimentos

CURITIBA Índios tomam da Funai veículo que era utilizado para transporte de alimentos Caminhonete foi impedida de deixar a sede da Funai e foi levada para a aldeia da tribo urbana de Kakané Porã 05/02/2010 | 18:43 | VITOR GERON Atualização Rosy Lee Brasil Os índios da tribo urbana de Kakané Porã, em Curitiba, tomaram nesta sexta-feira (5) de manhã o veículo da Fundação Nacional do Índio (Funai) que era utilizado para o transporte de alimentos e prestava auxílio aos indígenas na cidade. A caminhonete foi impedida de deixar a sede da Funai e foi levada para a aldeia. Segundo o cacique Carlos Ubiratan, eles reivindicavam um veículo há algum tempo e não foram atendidos. “Com a possibilidade do fechamento da Funai em Curitiba, achamos melhor pegar o carro para não corrermos o risco de ficr sem”, explicou Ubiratan. Saiba mais Índios queimam carro em frente à sede da Funai e prometem mais protestos 800 índios guaranis de quatro países se encontram em aldeia no Paraná Índios invadem mais uma vez praça de pedágio de Jataizinho A reclamação dos índios é que eles recebem muitas doações e nas terças e quartas-feiras precisam retirar frutas e verduras no Ceasa e nem sempre a Funai realiza este trabalho. O episódio está relacionado ao protesto nacional dos índios que reclamam da reestruturação da Funai que está prestes a acontecer e pode fechar os escritórios da Fundação no Paraná. O procurador da Funai, Fernando Knoerr, disse o fato ocorrido nesta sexta-feira, em Curitiba, não teve qualquer tipo de violência por parte dos índios. O engenheiro florestal da Funai, José Ferreira Campos Júnior, estava fazendo o transporte de cestas básicas para os índios e, ao chegar até a sede da Fundação teve o carro retido pelos indígenas. Segundo Knoerr, o veículo é um patrimônio público federal, comprado com o dinheiro dos contribuintes e não há a menor chance dele ser repassado para os índios. Ele também informou que as negociações da Funai com os índios já foram iniciadas para que o carro seja devolvido o mais breve possível. O procurador ainda acredita que os índios não vão danificar o veículo ou fazer qualquer tipo de protesto envolvendo a caminhonete, assim como ocorreu em Londrina, na semana passada, quando eles colocaram fogo em um carro. Invasão Um grupo de índios invadiu novamente a praça de pedágio da concessionária Econorte, na BR-369, próximo ao município de Jataizinho, Norte Pioneiro, na tarde desta sexta-feira (5). Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), eles levantaram as cancelas liberando a passagem dos motoristas em protesto ao fechamento dos escritórios regionais da Funai.