segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

indios bloqueiam ferrovia da Vale no Maranhão

ndios bloqueiam ferrovia da Vale no Maranhão
Da Agência Estado Atualizado Rosy Lee Brasil
Cerca de 50 índios da etnia guajajara invadiram e bloquearam, nesta manhã, a Estrada de Ferro Carajás, na atura do quilômetro 289, em Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão.

A empresa Vale, responsável pela ferrovia, informou que as operações foram paralisadas. A viagem de trem de passageiros que saiu de São Luís será interrompido na estação de Santa Inês. Os passageiros serão transportados de volta a São Luís.

Os motivos do protesto ainda não foram divulgados. Em nota, a Vale afirma que "continua cumprindo rigorosamente o acordo de cooperação - termo em vigência 2007-2016 - com a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão representativo dos povos indígenas do País".

A Estrada de Ferro Carajás foi construída em 1982 para o transporte de minério de ferro e manganês no Pará, até o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. O trem de passageiros realizou a primeira viagem quatro anos após a construção da estrada. A ferrovia tem 892 quilômetros em linha única.

Lula quer comprar terras para expandir aldeias indígenas e barrar conflitos em MS

22/02/2010 11:41
Lula quer comprar terras para expandir aldeias indígenas e barrar conflitos em MS

Jacqueline Lopes
Atualizado Rosy Lee Brasil

A dez meses do fim de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse estar disposto a por um ponto final nos conflitos por terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Para isso, pediu na última quinta-feira (18) ao deputado federal Vander Loubet (PT), após audiência com membros da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) em seu gabinete, a ajuda para a compra de 10 mil alqueires, ou seja, ao menos 20 mil hectares no Estado.

“Vê com o pessoal, acha uma área, estou disposto a comprar. Me ajude, quero resolver”, teria dito Lula, conforme relatou Loubet.

A medida do governo federal atenderia o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli [PMDB], que diante do impasse, se posicionou contrário às demarcações. Resta saber, como os índios deverão receber a notícia e como serão os critérios para a compra da terra.

No dia seguinte, o presidente inaugurou a fábrica Fibria/International Paper em Três Lagoas.

Com 40 mil índios, Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população nativa do País. As áreas de conflitos estão distribuídas na Região Sul, na chamada faixa de fronteira com o Paraguai, em cidades como Coronel Sapucaia, Paranhos, Amambaí e Dourados, por exemplo. Nessas regiões, onde moram os guarani-caiuá-ñadevá já houveram conflitos com mortes de indígenas [leia matérias relacionadas].

Mas, nas terras terenas o problema é também grave como em Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia e Miranda.

Segundo Loubet, a Funai (Fundação Nacional do Índio) e o MPF (Ministério Público Federal) deverão participar das definições das áreas e hoje à noite a Acrissul faz reunião com produtores sobre o assunto.
Alessandra de Souza

Vander Loubet (PT) acredita que Lula está disposto a resolver problema o mais rápido possível

“O presidente deu o sinal, abriu canal pro diálogo. O ex-ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao meu ver pode ajudar. Há recursos e há vontade política”, frisa Loubet.

Sobre o local onde as áreas serão compradas, o deputado disse que seriam nas regiões de conflitos.