domingo, 10 de abril de 2011

No mês dedicado ao índio, público poderá conhecer cultura da tribo Fulni-ô

Grande Recife // Dois Irmãos
No mês dedicado ao índio, público poderá conhecer cultura da tribo Fulni-ô
Publicado em 09.04.2011, às 13h22
Do NE10




Foto: JC Imagem atualizado Rosylee Brasil



A tribo Fulni-ô realizará apresentações no Parque Dois Irmãos até o dia 19 de abril

Para comemorar do Dia do Índio (19 de Abril), o Parque Estadual Dois Irmãos promove uma série de atividades a partir deste domingo (10). Quem for ao parque, além de conferir as apresentações de integrantes da etnia Fulni-ô, irá aprender um pouco mais sobre os costumes da cultura indígena e a sua influência na civilização urbana.

A programação também inclui passeios pela mata. Nas trilhas, o público irá aprender sobre os povos da floresta. Vale lembrar que 2011 é o Ano Internacional das Florestas. As trilhas pela mata podem ser agendadas para o período de 11 a 18 de abril. A inscrição custa R$ 4,00 por pessoa, além do custo do valor do ingresso do parque, de R$ 2,00. Exclusivamente no dia 19, as trilhas serão gratuitas e deverão ser agendadas na véspera, dia 18. Informações pelo telefone 81. 3183.5539.

Os índios da tribo Fulni-ô estão hospedados, até o dia 19 deste mês, nas dependências do Parque Dois Irmãos, na antiga Cidade da Criança. É lá que receberão os visitantes com apresentações do toré (sua dança de agradecimento) pela manhã e à tarde, e vão comercializar peças de seu artesanato típico, como bijuterias, chocalhos, maracás, brinquedos e outros artefatos.

FULNI-Ô - A tribo está localizada no município de Águas Belas, a cerca de 310 quilômetros do Recife. Além da fulni-ôs, o Estado possui cerca de 38 mil índios, distribuídos em 11 etnias. Os dados são da coordenação técnica da Funai em Pernambuco.

Falta registro Civil para 90% dos índios

09 de Abril de 2011 -Atualização Rosylee Brasil.10-4 2011 07:58 Falta registro para 90% dos índios em DouradosMais de 7 mil índios devem comparecer na escola Tengatui Marangatu, na aldeia jaguapiru de Dourados para requerer o registro civil. De acordo com expectativa da coordenadora da Fundação Nacional do Índio (Funai) Maria Aparecida Mendes de Oliveira, em Dourados, 90% das famílias da Reserva ainda “não existem” perante o Estado e por isto não podem usufruir de uma série de serviços e benefícios garantidos por lei.
Segundo Maria Aparecida, o que os índios possuem hoje é o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani), emitido pela Funai. O documento, segundo ela, vale apenas de forma interna, uma espécie de controle da Funai. Uma campanha nacional liderada pelo Cômitê Gestor de Erradicação do Subregistro Civil e de Documentos pretende organizar os trabalhos para a expedição de documentos e proporcionar aos indígenas que não possuem documentação o acesso fácil para retirada desses documentos. De acordo com a representante da entidade, Olga Lemes Cardoso de Mattos, Mato Grosso do Sul é líder de pessoas sem registro no país, com a segunda maior população indígena. O auto índice de subregistro está relacionado a aproximação com a fronteira, a moradia em fazendas e a superpopulação das aldeias. A defensora pública, Neila Ferreira Mendes, uma das atividades da Defensoria é promover conscientização de cida-dania e o primeiro passo para uma pessoa se tornar cidadão é com o registro civil. O documento terá discriminado a etnia do indígena.

A superintendente das políticas dos Direitos Humanos, Yrama Barbosa de Barros, com o documento em mãos os in-dígenas terão direitos a todos os benefícios de qualquer cidadão, como o bolsa família, certidão de óbito, pensão, conta em banco entre outros.

O indígena Maicon Lourenço, de 18 anos, diz que vai pedir o documento para se alistar no Exército. “Eu quero servir a pátria”, disse. A mãe dele, a dona-de-casa Claudionor Rodrigues Lourenço, diz que o documento será importante para ela ser melhor atendida nas unidades de saúde, se necessário. “Muitas vezes na cidade não querem atender porque eu sou índia”.

Dourados possui em torno de 1.306 famílias na aldeia Bororó e 1.304 famílias na aldeia Jaguapiru, num total de 2.610, sendo consideradas cinco pessoas por família, isso dá em torno de 12.035 pessoas, segundo o Comitê. O projeto mobiliza diversos órgãos governamentais. O atendimento está sendo feito das 9h às 16h.