segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Grupo de índios invade sede da Funai em Manaus

Grupo de índios invade sede da Funai em Manaus
Indígenas de todo País têm invadido prédios da Funai contra decreto do governo federal que fechou unidades
Rosy Lee Brasil
MANAUS - Cerca de 50 índios das etnias Apurinã, Mura e Sateré Maué pintados e armados com arco e flechas estão ocupando a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Manaus, desde o início da tarde de hoje. Assim como centenas de indígenas de todo o País que têm invadido as sedes regionais da Funai nos últimos meses, as etnias em Manaus querem a revogação ou revisão do decreto 7.056, baixado pelo governo federal no fim do ano passado, que fechou várias unidades do órgão no interior do Brasil.

"O Amazonas tem o maior número de indígenas do Brasil, não faz sentido só ter Funai em Manaus. Um indígena do Baixo Amazonas agora se quiser apoio da Funai tem de vir a Manaus, após horas e dias de viagem", disse um dos líderes do movimento, Robson Sateré. "Se o atendimento já era ruim por falta de recursos e pessoal, agora será inexistente".

De acordo com Robson, hoje à noite devem chegar mais 100 indígenas de Novo Airão, a 115 quilômetros de Manaus. A reportagem procurou a assessoria de imprensa do órgão em Brasília, mas não obteve resposta.

Índios são acusados de agredir mulher em Londrina

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010, 17:55 | Online


Índios são acusados de agredir mulher em Londrina
Ela sofreu traumatismo craniano grave ao ser atingida na cabeça por uma pedra
Evandro Fadel, de O Estado de S.Paulo
Atualizado Rosy Lee Brasil

CURITIBA - Uma mulher de 34 anos, sofreu traumatismo craniano grave, na madrugada de sábado, ao ser atingida na cabeça por uma pedra arremessada por índios que ocupam, há quase um mês, a sede regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), no centro de Londrina, no norte do Paraná. Depois de ser submetida a uma drenagem de hematoma no cérebro, Érica Pedrão Brito está sedada na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Evangélico e respira por aparelhos. Os familiares disseram que outros motoristas já tiveram os carros apedrejados naquele local e que não há nenhuma sinalização. Veja também: Grupo de índios invade sede da Funai em Manaus

Segundo familiares de Érica, ela e o marido, Anderson, retornavam para casa, na madrugada de sábado, depois de participarem de churrasco com amigos, em um Fusca. Quando trafegavam por uma avenida, teriam ouvido barulho e viram pessoas movimentando-se ao redor do carro. De repente, objetos começaram a ser arremessados. Para fugir, Anderson acelerou, mas uma pedra de concreto de aproximadamente um quilo e meio atingiu o capô do carro, quebrou o para-brisa e acertou a cabeça da mulher. Ela desmaiou. O marido conseguiu andar alguns metros e, quando tentava reanimar Érica, um motorista de ônibus percebeu e chamou socorro, que chegou rapidamente.

O índio Elói Jacinto, um dos que ocupam a sede da Funai, afirmou que, pouco antes desse incidente, um carro e uma motocicleta teriam passado pelo local e, de um dos dois veículos, partiu um tiro que atingiu a perna de um índio de 14 anos. Ele fez curativo, mas não precisou de internamento hospitalar. "O pessoal estava meio amedrontado e decidiu fazer a barreira com cadeiras, cones e outros objetos", disse. "O Fusca veio em alta velocidade e atravessou a barreira, foi gritado para ele parar, mas ele jogou o carro contra as pessoas, por isso houve o confronto." Tanto o caso do tiro quanto das lesões em Érica são investigados pela Polícia Civil.

Jacinto disse que os índios pretendem manter a ocupação do prédio da Funai, com o objetivo de pressionar as autoridades para que seja revisto o decreto 7.056/09, que reestruturou o órgão e extinguiu administrações regionais. "Na região há cinco mil índios em sete aldeias demarcadas e outros dois acampamentos em processo de demarcação", afirmou. "Se o atendimento já era precário por falta de recursos e de pessoal, imagine como ficarão a demarcação, a segurança, a confecção de documentos e o atendimento das questões sociais sem a regional."