14/11/09 - 21h08 - Atualizado em 14/11/09 - 21h08
Índios disputam olimpíadas no Pará
No esporte, os eles gostam de inovar: criaram o futebol de coxa e o cabeçabol. Os Jogos Indígenas reúnem 1,3 mil índios de 32 etnias.
atualizado Rosy Lee Brasil
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Em Paragominas, no interior do Pará, 1,3 mil índios de 32 etnias disputaram as Olimpíadas Indígenas. O repórter Clayton Conservani e uma convidada especial acompanharam a festa.
As danças e os rituais dos índios são milenares. No esporte, eles gostam de inovar: criaram o futebol de coxa e o cabeçabol, modalidade que exige cuidado para não quebrar o pescoço.
Mas o esporte também é assunto sério para os guerreiros. Habilidade que vem da selva, nesta que é a décima edição dos Jogos Indígenas, mas as tribos querem mais. O sonho olímpico está mais vivo do que nunca entre os povos da floresta.
“Vamos fazer nossa pesquisa nas aldeias com especialistas, e vamos solicitar o governo que monte uma equipe de trabalho para garimpar esses talentos”, disse o coordenador dos jogos, Carlos Terena.
Garimpo de talentos como o índio Bebeto, craque da tribo Kuikuro do Mato Grosso. Também tem a força dos remadores da etnia Assurini e a precisão do arqueiro cinta larga de Roraima.
"Tem que treinar muito para chegar até 2016", afirmou um dos competidores.
A presença da medalhista olímpica Leila, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei, trouxe até os índios o espírito dos jogos. Agora, falta mostrar que o talento das matas pode ser útil na caça as medalhas.
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