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17/05/09 - 10h12 - Atualizado em 17/05/09 - 10h22
Exército peruano vai intervir em protestos indígenas na Amazônia
Exército vai ajudar a polícia a manter o funcionamento de estradas, aeroportos e outros serviços essenciais.
Da BBC
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O governo do Peru autorizou que o Exército apoie a polícia por 30 dias, na escalada de disputas sobre recursos da Amazônia com tribos indígenas.
As forças armadas vão intervir para garantir o funcionamento de estradas, aeroportos e outros serviços essenciais, informou o ministro da Defesa peruano, Antero Flores Aráoz.
Na véspera, manifestantes anunciaram que iam começar uma insurgência para defender seus direitos, mas a ameaça depois foi retirada.
Cerca de 30 mil manifestantes vêm protestando na região da Amazônia peruana há um mês.
O presidente Alan García disse que todos os peruanos devem se beneficiar dos recursos naturais do país, e não apenas "um pequeno grupo de pessoas que mora lá".
"Temos que entender que, quando há recursos como petróleo, gás e madeira, eles não pertencem apenas às pessoas que tiveram a sorte de nascer lá", disse García.
De acordo com a constituição peruana, o Estado é dono da riqueza mineral e de hidrocarbonetos do país.
Territórios antigos
Na sexta-feira, Alberto Pizango, o chefe da organização peruana de índios da amazônia (AIDESEP, na sigla em espanhol), disse que o diálogo com o governo havia sido interrompido.
Segundo Pizango, seus territórios estavam sendo entregues a multinacionais sem que a população tenha sido consultada.
Mas Pizango negou que seu movimento - que reúne 65 grupos indígenas - seja contra o progresso.
"O que queremos é desenvolvimento sob nossa perspectiva", disse ele.
No dia 8 de maio, o governo do Peru decretou estado de emergência por 60 dias em partes da Amazônia peruana, onde manifestantes interromperam serviços de transportes, incluindo aeroportos e pontes.
Há grandes interesses em jogo, segundo o correspondente da BBC em Lima Dan Collyns. No mês passado, a empresa de petróleo francesa Perenco prometeu investir US$ 2 bilhões apenas em um campo de petróleo na selva.
As comunidades indígenas reclamam que cerca de 70% do território da Amazônia peruana está sendo "alugado" para a exploração de gás e petróleo, colocando em risco tanto suas vidas como a biodiversidade da região.
A Amazônia peruana é a maior área da floresta fora do território brasileiro.
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